terça-feira, 31 de agosto de 2010

Geléia de Café

Esta geléia de café com creme foi reformulado com mais leite condensado no fundo do copo, oferecendo um olhar visivelmente agradável de três camadas, com uma camada de geléia de café e mais creme por cima. Lançado em 24 de maio de 2010 no Japão pela empresa Glico Dairy Products. A embalagem é de 210g e é vendido a $ 1.20.



Cappuccino

A empresa Argentina La Serenissima lançou o Italian Style Cappuccino feito com leite semi-desnatado, açucar, café e cacau e pode ser consumido quente ou frio. Este produto é microondável e sem glúten, vendido em embalagem de 200ml e reciclável.


100% Arabica Coffee Filters

A empresa Rombouts lançou filtros de café 100% arábica. Segundo o fabricante, estes filtros de café são fáceis de usar e não requerem equipamento caro. Eles apresentam uma cor específica para indicar o tipo de café e de permitir ao consumidor verificar se a água corre por completo devido à sua transparência e escolha a intensidade do sabor de mais ou menos água podem ser adicionados. O produto ambientalmente amigável plástico contém 20% menos do que os filtros regularmente e é distribuído em um pacote de 70g contendo 10 unidades. Preço - €1.80

Organic Mocha Iced Coffee

A empresa Pacific Foods of Oregon da Indonésia lançou o Organic Mocha Iced Coffee, descrito como uma mistura cremosa de café torrado francês e leite. Este produto kosher certificado é ligeiramente adocicado, sem glúten, baixo teor de gordura, não contém sabores artificiais ou adoçantes de milho e vendido em embalagens de 500ml.


Novidades em produtos!!!

A empresa americana Archer Farms lançou uma mistura rica de café gourmet doce,com creme de leite reduzido de gordura e canela aromática. É vendido em embalagem com 4 garrafas. Também estão disponíveis as seguintes variedades: Avelã Biscotti; Vanilla Caramel e Raspberry Mocha.

Receitas Tradicionais

Cappuccino
Ingredientes
90 ml espresso
90 ml leite
90 ml espuma de leite para cappuccino (feita com cremeira)
Modo de fazer
Coloque em uma caneca o espresso, o leite e, por último, a espuma. Se quiser, decore com chantilly ou acrescente canela.
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Mocha
50 ml espresso
50 ml leite
50 ml espuma de leite para cappuccino
50 ml creme de chocolate (pode ser ganache)
Modo de fazer
Coloque em uma caneca o espresso, o leite, o chocolate e, por último, a espuma. Se quiser, decore com chantilly ou acrescente canela.
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Scottish coffee
Ingredientes
1/4 de uísque
1/4 de anizete
2/4 de café quente
1 colher (chá) de açúcar
Modo de preparo
Montar e servir em caneca especial. Decorar com creme de chantilly. Pulverizar com uísque.
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Frappê de café
Ingredientes
1 bola de sorvete de creme
1 xícara de café gelado preparado normalmente, sem açúcar
1 xícara de leite gelado
Modo de fazer
Bata todos os ingredientes no liquidificador. Para decorar, basta usar calda de chocolate no fundo do copo antes de servir.
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Café Vienense
Ingredientes
1 colher (chá) de açúcar
1 colher (chá) de chocolate em pó
1/2 dose de creme de leite
1 café espresso
Creme chantilly
Canela em pó
Modo de Preparo
Misture o creme de leite, o açúcar e o chocolate em pó até formar um creme homogêneo. Coloque esse creme em um copo long drink e adicione o café aos poucos. Cubra com chantilly salpicando canela em pó.
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Coquetel de café
Ingredientes
1 lata de leite condensado
1 e 1/2 colheres de café
2 vezes a mesma medida de leite
2 cravos
1/2 xícara de conhaque
Chantilly
Raspas de chocolate
Modo de preparo
Misture bem todos os ingredientes, menos o conhaque. Deixe ferver por cinco minutos. Junte o conhaque e sirva em seguida decorado com chantilly e raspas de chocolate.
Fontes: Yara Thais Castanho, barista do Suplicy Cafés Especiais; Associação Brasileira de Cafés Especiais; Associação Brasileira da Indústria de Café. 

Origem da Cafeteira.



O consumo de café na Europa remonta ao final do século XVII, quando os turcos chegaram a Veneza.
Os otomanos já tinham o café como um de seus hábitos e o produto passou também a ser apreciado pela população local. Porém, os otomanos tomavam café por infusão: jogava-se água fervente em uma xícara, na qual havia café moído.
Com o sabor que não agradava o paladar de todos, buscou-se inovações no preparo do produto. No final do século seguinte, François Antoine Descroisilles, um farmacêutico francês, inventou a cafeteira, que possuía dois recipientes separados e que permitia que um filtro ficasse entre a água e o café.
Anos mais tarde, Antoine Cadet de Vaux, um químico francês, inventou a cafeteira de porcelana. Outra revolução na forma de fazer café só foi observada no final da segunda guerra mundial, quando Achille Gaggia, inventor italiano, criou a máquina de café expresso.

A Automação tem entrado em nossas casas e estabelecimentos comerciais a cada dia com mais relevância.
São desde pequenos aparelhos com alarmes de avisos, câmeras filmadoras que são acionadas quando detectam algum movimento, computadores que entram em módulos de descanso quando parados durante um tempo determinado, máquinas fotográficas que detectam sorrisos, fornos que indicam quando a comida está pronta...
Muitos desses equipamentos já estão na casa de todos e fazem parte do dia a da das pessoas, mas existem outras máquinas que já fazem parte de nossas vias há muito tempo. As máquinas de café expresso, cafeteiras elétricas e máquinas para bebidas quentes estão no mercado há mais de 70 anos. Criada pelo italiano Achille Gaggia, as máquinas de café como conhecemos hoje estão cada dia mais lindas e inovadoras.
As máquinas de café expresso, máquinas de café solúvel, prensas francesas, máquinas que preparam bebidas quentes e são práticas e bonitas são nossas melhores companheiras na hora de relaxar. As máquinas de café expresso da Top Café são lindas e práticas. De fácil limpeza e manutenção, não consome muita energia e está sempre pronta para oferecer um café cremoso e saboroso.
A Automação tem entrado em nossas casas e estabelecimentos comerciais a cada dia com mais relevância.
São desde pequenos aparelhos com alarmes de avisos, câmeras filmadoras que são acionadas quando detectam algum movimento, computadores que entram em módulos de descanso quando parados durante um tempo determinado, máquinas fotográficas que detectam sorrisos, fornos que indicam quando a comida está pronta...
Muitos desses equipamentos já estão na casa de todos e fazem parte do dia a da das pessoas, mas existem outras máquinas que já fazem parte de nossas vias há muito tempo.
As máquinas de café expresso, cafeteiras elétricas e máquinas para bebidas quentes estão no mercado há mais de 70 anos. Criada pelo italiano Achille Gaggia, as máquinas de café como conhecemos hoje estão cada dia mais lindas e inovadoras.As máquinas de café expresso, máquinas de café solúvel, prensas francesas, máquinas que preparam bebidas quentes e são práticas e bonitas são nossas melhores companheiras na hora de relaxar.
As máquinas de café expresso da Top Café são lindas e práticas. De fácil limpeza e manutenção, não consome muita energia e está sempre pronta para oferecer um café cremoso e saboroso.

Fonte: http://www.coffeebreak.com.br/saborcafe.asp?SE=2&ID=20

Torrefação do café

Influência da Torra e Moagem
INFLUÊNCIAS DA TORRA E MOAGEM
Grau de torraCaracterísticasEquipamento
ClaraAcentuada acidez, suavidade do aroma e sabor, menos amargorIdeal para máquinas de café expresso
MédiaAcentua o aroma e o saborIdeal para coador de pano ou filtro de papel
EscuraDiminui a acidez, acentua sabor amargo, bebida mais escura
O tempo de preparação é influenciado pela moagem, pois numa moagem muito fina, a água levará mais tempo para passar pelo pó, resultando numa extração superior.
Grau de moagemPreparo
PulverizadoCafé árabe, onde o pó não é coado
Fina/MédiaFiltração (filtros de papel, coador de pano)
MédiaCafé expresso
GrossaPercolação - cafeteira italiana

Processos do preparo do café



o processo natural. 

"
O café natural" é obtido permitindo-se que os frutos permaneçam na planta após terem amadurecido. O sol tropical em pouco tempo faz com que a umidade da polpa se evapore, e o fruto se torne enrugado e preto. Neste estágio os trabalhadores fazem os frutos caírem ao chão, onde as mulheres e crianças os varrem e ensacam. São em seguida enviados para o "benefício", ou fábrica, para tratamento. Este consiste de uma rápida lavagem para remoção dos gravetos e outras substâncias estranhas.

As sementes são então espalhadas num pátio de cimento para secar, e permanecem expostas ao sol durante cerca de sete dias. Todas as noites, porém, são juntadas e cobertas com lonas para protegê-las do orvalho, pois a umidade neste estágio seria prejudicial.

Quando o café está totalmente seco, a película externa torna-se quebradiça e pode ser removida facilmente por uma máquina debulhadora. 

Os frutos são então separados de acordo com o tamanho e qualidade, após o qual são empacotados para exportação. O processo natural de seleção é usado quase que inteiramente no Brasil.
Processo de lavagem. 

"O café lavado" exige um manuseio totalmente diferente, como o nome sugere, uma verdadeira lavagem ocorre durante a secagem.

Em vez de tirar os frutos secos dos galhos, como é feito com o "café natural", cada fruto maduro é apanhado individualmente, transportado para uma máquina de polpa, bastante similar à que processa as cerejas. Esta máquina remove a polpa. Deixando o grão de café envolvido numa casca dura como o couro. Os grão são colocados em grandes tanques de cimento ou barris cheios de água. Os frutos permanecem nestes tanques por cerca de vinte a trinta horas. Durante a imersão, ocorre uma fermentação que muda o sabor, produzindo aquilo que se conhece como "acidez".

Depois que o processo de lavagem é completado, o método de secar e debulhar é parecido com o do "café natural". Na aparência, porém, o grão lavado mudou por completo. Está muito mais limpo e com melhor aparência, e quando devidamente lavado e curado, fica de um verde escuro e tem mais valor que o grau correspondente de "café natural". Seu valor aumenta ainda mais quando os grãos imperfeitos ou danificados que não puderam ser removidos pela máquina são retirados à mão. Isso é conhecido como "catar à mão". 

O cafeeiro exige clima quente e pode ser cultivado com lucro num cinturão de vinte graus ao norte ou ao sul da linha do Equador. A condição do solo, local da plantação e altitude, todos são vitais para o cultivo do café, e todos têm maior ou menor influência na qualidade do café produzido. Os cafés mais finos vêm das plantações situadas a mil ou mil e quinhentos metros acima do nível do mar, onde os dias são quentes e as noites frescas, e onde os cafeeiros são plantados num solo gradualmente inclinado para melhor drenagem. 

A colheita em cada país é similar em aparência e sabor de ano para ano, embora o excesso de chuvas ou a sua falta possa modificar de alguma forma a aparência, e o excesso de umidade durante a estação seca possa provocar um efeito prejudicial na qualidade da bebida.

Há uma grande diferença, especialmente na xícara, do produto de cada país. Cada qual tem suas características peculiares e sabor individual. A mistura do café é realmente uma arte em si. Ao juntar sabores distintos e individuais, em proporções exatas, os especialistas produzem um café delicioso.

O ciclo do café no Brasil



O café chegou ao Brasil, na segunda década do século XVIII, através de Francisco de Melo Palheta. Estas primeiras mudas foram trazidas da Guiana Francesa. No século XIX, as plantações de café espalharam-se pelo interior de São Paulo e Rio de Janeiro. Os mercados nacionais e internacionais, principalmente Estados Unidos e Europa, aumentaram o consumo, favorecendo a exportação do produto brasileiro.
Com a queda nas exportações de algodão, açúcar e cacau, os fazendeiros sentiram a grande oportunidade de obterem altos lucros com o “ouro negro”. Passaram a investir mais e ampliaram os cafezais. Na segunda metade do século XIX, o café tornou-se o principal produto de exportação brasileiro, sendo também muito consumido no mercado interno.
Os fazendeiros, principalmente paulistas, fizeram fortuna com o comércio do produto. As mansões da Avenida Paulista refletiam bem este sucesso. Boa parte dos lucros do café foi investido na indústria, principalmente de São Paulo e Rio de Janeiro, favorecendo o desenvolvimento deste setor e a industrialização do Brasil. Muitos imigrantes europeus, principalmente italianos, chegaram para aumentar a mão-de-obra nos cafezais de São Paulo.
Conseqüências do Ciclo do Café
- A economia brasileira ficou muito dependente das exportações de café. Quando o preço do produto caia, o governo brasileiro comprava estoques e queimava para aumentar o preço (política de valorização do café).
- Concentração do poder político e econômico na região Sudeste.
- Aumento do desenvolvimento industrial e urbano no Sudeste.
- Imigração européia para as lavouras de café e indústrias do Sudeste.
- Construção de ferrovias para escoar a produção de café do interior de São Paulo para o porto de Santos.

Como o café chegou ao Brasil



Em 1727 os portugueses compreenderam que a terra do Brasil tinha todas as possibilidades que convinham à cafeicultura. Mas infelizmente eles não possuíam nem plantas nem grãos. O governo do Pará, encontrou um pretexto para enviar Palheta, um jovem oficial a Guiana Francesa, com uma missão simples: pedir ao governador M. d’Orvilliers algumas mudas. M. d’Orvilliers seguindo ordens expressas do rei de França, não atende o pedido de Palheta. Quanto à Mme. d’Orvilliers, esposa do governador da Guiana Francesa, não resiste por muito tempo aos atrativos do jovem tenente. Quando Palheta já regressava ao Brasil,  Mme. d’Orvilliers envia-lhe um ramo de flores onde, dissimuladas pela folhagem, se encontravam escondidas as sementes a partir das quais haveria de crescer o poderoso império brasileiro do café – um episódio bem apropriado para a história deste grão tão sedutor.
Do Pará, a cultura passou para o Maranhão e, por volta de 1760, foi trazida para o Rio de Janeiro por João Alberto Castelo Branco, onde se espalhou pela Baixada Fluminense e posteriormente pelo Vale do Paraíba.
O surto e incremento da produção do café foram favorecidos por uma série de fatores existentes á época da Independência. As culturas do açúcar e do algodão estavam em crise, batidas no mercado internacional pela produção das Antilhas e dos EUA; por isso, os fazendeiros precisavam encontrar outro produto de fácil colocação no mercado internacional. Além disso, a decadência da mineração libertou mão-de-obra e recursos financeiros na região Centro-Sul (Minas Gerais e Rio de Janeiro, principalmente) que podiam ser aplicados em atividades mais lucrativas. Em nível internacional, a produção brasileira foi favorecida pelo colapso dos cafezais de Java (devido a uma praga) e do Haiti (devido aos levantes de escravos e á revolução que tornou o pais independente). Outros fatores decisivos foram a estabilização do comércio internacional depois das guerras napoleónicas (Tratado de Versalhes, 1815) e a expansão da demanda europeia e americana por uma bebida barata.
A importância econômica do café refletiu-se na sua expansão geográfica. No início, difundiu-se pelo Vale do Paraíba (Rio de Janeiro e São Paulo), Sul de Minas e Espírito Santo. Depois, atingiu Campinas, no "Oeste Velho" de São Paulo; dali, expandiu-se para o chamado "Oeste Novo" (Ribeirão Preto e Araraquara) e passou, mais tarde, para as regiões de terra roxa do Norte do Paraná e Mato Grosso. Hoje, as áreas de cultivo localizam-se nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo e Bahia. Após a grande geada de 1975, houve um deslocamento das principais zonas produtoras do Norte do Paraná para áreas de clima mais favorável, como o sul de Minas Gerais e o interior capixaba.
A exportação brasileira do café começou a crescer a partir de 1816. Na década de 1830-1840, o produto assumiu a liderança das exportações do pais, com mais de 40% do total; o Brasil tornou-se, em 1840, o maior produtor mundial de café. Na década 1870-1880, o café passou a representar até 56% do valor das exportações. Começou então o período áureo do chamado ciclo do café que durou até 1930; no final do séc. XIX, o café representava 65% do valor das exportações do pais, chegando a 70% na década de 1920.

Fazenda brasileira de café - século XIXContudo, o crack da Bolsa de Nova York (1929) forçou a queda brusca no preço internacional do café (que caiu,em 1930, para pouco mais que a metade de seu valor em 1928), que continuou em queda até menos de 40% em 1931, ficando nesses níveis baixos durante muitos anos: só em 1947 é que os preços voltaram aos níveis de 1928. Essa situação agravou a crise de superprodução do café, cujos primeiros sinais apareceram no início do séc. XX.
Para enfrentar essa crise, os governadores dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro reuniram-se (fevereiro de 1906) no chamado Convênio de Taubaté, que definiu uma política para a valorização do produto: os governos estaduais comprometeram-se a comprar toda a produção e usar os estoques como instrumentos para impedir quedas e oscilações no preço do produto, além de proibir novos plantios.O Convênio de Taubaté representou a primeira intervenção oficial em defesa do café. Nos anos seguintes, o governo federal também tomou iniciativas nesse sentido. Mais tarde, após a crise de superprodução mundial de 1957, os países produtores e os grandes consumidores criaram o Acordo Internacional do Café (1962), que estabeleceu quotas de exportação para os países-membros.
O chamado "ciclo do café" teve repercussões econômicas e sociais importantes no Brasil. A expansão da lavoura levou à ampliação das vias férreas, principalmente em São Paulo; os portos do Rio de Janeiro e de Santos foram modernizados para sua exportação; a necessidade de mão-de-obra trouxe imigrantes europeus, principalmente depois da Abolição dos escravos; o café foi o primeiro produto de exportação controlado principalmente por brasileiros, possibilitando o acúmulo de capitais no pais. Em consequência, criou-se um mercado interno importante, principalmente no Centro-Sul, que foi o suporte para um desenvolvimento sem precedentes das atividades industriais, comerciais e financeiras. O café, sobretudo, consolidou a hegemonia política e econômica do Centro-Sul, transformando-o na região brasileira onde o desenvolvimento capitalista foi pioneiro e mais acentuado.
Desde os anos 50, a importância do café para a economia brasileira tem decrescido sensivelmente. Uma das conseqüências da crise mundial de 1957 foi o início da produção de café solúvel.A participação do café nas exportações do pais diminuiu; em meados dos anos 70, o valor da exportação de manufaturados ultrapassou o do café, que, desde o início dos anos 80, responde por cerca de 10% do valor total das exportações brasileiras. Apesar disso, o café é ainda um dos principais produtos isolados exportados pelo país. São Paulo, que foi o maior produtor nacional desde o último terço do século passado, perdeu a primazia para o Paraná no final dos anos 50, mas sua produção ainda era significativa: em 1966-1967, por exemplo, metade de todos os cafeeiros do pais estava plantada nesses dois Estados. Vinte anos depois, em 1986-1987, era Minas Gerais que tinha o maior número de cafeeiros (mais de um terço do total nacional), seguindo-se São Paulo, Espírito Santo, Paraná e Bahia (que tinham juntos 92% dos 3,5 bilhões de pés de café então existentes no país.)
Em 1996 o consumo mundial supera a barreira dos 100 milhões de sacas. Em 1997 o Brasil atinge  quase 3  bilhões de dólares na exportação de café, tendo a Alemanha superado os Estados Unidos como maior importador.Em 1998 o comitê do Conselho da Bolsa de New York coloca na pauta o café despolpado brasileiro.
Hoje nosso café e nossas máquinas de café expresso e solúvel estão em todo o mundo.
Fontes: Grande Enciclopédia Larousse Cultural
CAFÉ-La Dolce Vita - Asa Editores Ltda.
Aroma de Café- Luiz Norberto PascoalLe Café - Anne Vantal

Origem do Café


O Café que hoje usamos nas máquinas de café expresso e solúvel é bastante interessante.
Corre uma lenda sobre as origens do café contando que, num dado momento do século III d. C., um   pastor de cabras, chamado Kaldi, certa noite ficou ansioso quando suas cabras não retornaram ao rebanho. Quando saiu para procurá-las, encontrou-as saltitando próximo a um arbusto cujos frutos estavam mastigando e que obviamente foi o que lhes deu a estranha energia que Kaldi nunca vira  antes. Dizem que ele mesmo experimentou os frutos e descobriu que eles o enchiam de energia, como aconteceu com o seu rebanho.  Kaldi evidentemente i levou essa maravilhosa "dádiva divina" ao mosteiro local, mas as reações não foram favoráveis e ele ateou fogo nos frutos, dizendo serem "obra do demônio". O aroma exalado pelos frutos torrados nas chamas atraiu todos os monges para descobrir o que estava causando aquele maravilhoso perfume e os grãos de café foram rastelados das cinzas e recolhidos. O abade mudou de idéia, sugeriu que os grãos fossem esmagados na água para ver que tipo de infusão eles davam, e os monges logo descobriram que o preparado os mantinha acordados durante as rezas e períodos de meditação. Notícias dos maravilhosos poderes da bebida espalharam-se de um monastério a outro e, assim, aos poucos espalharam-se por todo mundo.
As evidências botânicas sugerem que a planta do café origina-se na Etiópia Central (onde ainda crescem vários milhares de pés acima do nível do mar). Ninguém parece saber exatamente quando o primeiro café foi tomado lá (ou em qualquer parte), mas os registros dizem que foi tomado em sua terra nativa em meados do século XV Também sabemos que foi cultivado no Iêmen (antes conhecido como Arábia), com a aprovação do governo, aproximadamente na mesma época, e pensa-se que talvez os persas levaram-no para a Etiópia no século VI d.C., período em que invadiram a região.
À medida que o café tornou-se cada vez mais popular, salas especiais nas casas dos mais abastados foram reservadas para se tomar café, e casas de café começaram a aparecer nas cidades. A primeira abriu em Meca, no final do século XV e início do XVI e, embora originalmente fossem lugares de reuniões religiosas, esses amplos saguões onde os clientes se sentavam em esteiras de palha ou colchões sobre o chão, rapidamente tornaram-se centros de música, dança, jogos de xadrez, gamão, conversas em locais em que se faziam negócios. A primeira abriu em Meca, no final do século XV e início do XVI e, embora originalmente fossem lugares de reuniões religiosas, esses amplos saguões onde os clientes se sentavam em esteiras de palha ou colchões sobre o chão, rapidamente tornaram-se centros de música, dança, jogos de xadrez, gamão, conversas em locais em que se faziam negócios. 
Sua popularidade espalhou-se por Cairo, Constantinopla e para todas as partes do Oriente Médio, mas os muçulmanos devotos desaprovavam todas as bebidas tóxicas, incluindo o café, e consideravam as casas de café como uma ameaça à observância religiosa. Às vezes, esses centros populares de diversão eram atacados e destruídos por fanáticos religiosos, e alguns governantes apoiavam a proibição do café e impunham punições aterrorizadoras: aqueles que desobedecessem poderiam ser açoitados, presos dentro de um saco de couro e atirados no Bósforo.
Enquanto isso, comerciantes europeus da Holanda, Alemanha e Itália certamente estavam exportando grãos e, também, tentando introduzir a lavoura em suas colônias. Os holandeses foram os primeiros a iniciar o cultivo comercial no Sri Lanka, em 1658, e então em Java, em 1699, e por volta de 1706 eles estavam exportando o primeiro café de Java e estendendo a produção para outras partes da Indonésia. Em 1714, os holandeses bem-sucedidos presentearam Luís XIV da França com um pé de café que cresceu numa estufa em Versailles e quando deu frutos, as sementes foram espalhadas e as mudas foram levadas para o cultivo na ilha de Réunion, na época chamada de Ilha de Bourbon. A variedade de arbustos de café que se desenvolveu daquela árvore em Paris tornou-se conhecida como o café Bourbon e foi a fonte original de grãos hoje conhecidos no Brasil como Santos e no México como Oaxaca.
Fontes: Grande Enciclopédia Larousse Cultural
CAFÉ-La Dolce Vita - Asa Editores Ltda. 
Aroma de Café- Luiz Norberto PascoalLe Café - Anne Vantal


Como funciona uma máquina de café expresso:





      Esquema básico de uma máquina de café expresso:





 Máquinas da La Spaziale são fabricadas com um Sistema de Troca de Calor (heat exhange unit), situado entre a caldeira e o grupo erogador, que funciona com vapor circulante, ao invés de água.
 Este Sistema foi patentado por La Spaziale em 1970. Nele ocorre a circulação de vapor ao invés de água, garantindo uma temperatura constante na xícara, com Grande economia de energia.

Como fazer um café expresso perfeito

Você ou seus funcionários tem idéia de como fazer um café expresso perfeito?
Aqui estão algumas dicas que com certeza poderão ajudá-lo.

1- CREMOSIDADE - O creme serve para manter a temperatura e preservar o seu aroma. É a espuma dourada na supercífie do café, que deve ser cremosa e consistente. Para testar basta acrescentar uma colher de açúcar e observar, se o açúcar descer lentamente é um sinal que o café está cremoso.


2- PORTA-FILTRO - Deve ser mantido sempre encaixado no grupo, com pó do café anterior. Isso contribui para manter o porta-filtro aquecido e para que o café saia na temperatura ideal.


3- XÍCARAS - Não é aconselhável empilhar as xícaras no esterilizador, se a xícara estiver fria, consequentemente o café sairá frio.

4- MOINHO - Deve ser regulado corretamente de acordo com a qualidade do grão de café utilizado, a moagem muito fina ou grossa, pode interferir no funcionamento da máquina e na qualidade do café. O tempo ideal para extração do café expresso é entre 25 a 30 segundos.

5- REFUGO / BORRA - Quando o pó do porta-filtro é eliminado antes do preparo do novo café , o refugo deve sair inteiro sem despedaçar, e quase seco, essas características indicam que o moinho está regulado corretamente .

E lembre-se também, que após tirar o café , este deve ser servido imediatamente para que não esfrie e perca o sabor.

LEMBRE-SE: Nas máquinas de 2 ou mais grupos se você não usar todas as grupos eles podem ficar entupidos , com resíduos de café, sempre alterne o uso dos grupos .
Importante: se você possui máquina de 1 grupo, lembre-se sempre de deixar o porta-filtro que não estiver em uso , em cima do esterilizador de xícaras, para mantê-lo aquecido.
REFLEXÃO "Para alguns uma pequena xícara contendo o néctar negro com espuma de ouro é um meio de sobrevivência ".

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Café Barista : um momento raro de prazer

10/08/2010 - Barista estuda com cuidado grãos especiais de café
ANA PAULA BONI
DE SÃO PAULO
Uma xícara de expresso com crema caramelo-avermelhada chega à mesa do Coffee Lab, em Pinheiros, acompanhada de uma porção de "cream cheese". O cliente toma um gole de café, depois uma colherada do queijo e mais um gole da bebida. Tudo se harmoniza na boca. Como um bom vinho que pode ser melhorado se servido com a comida certa.
O ritual de Isabela Raposeiras, 36, uma das baristas mais conceituadas do país e dona da cafeteria, é uma chacoalhada no costume de se tomar café em uma golada mecânica e rápida, geralmente ao final de uma refeição, enquanto se paga a conta.
Barista Isabela Raposeiras, do Coffee Lab; sua cafeteria, no bairro de Pinheiros, completou um ano na última semana
Rodeada por grãos que torra em sua loja, onde também funciona a Academia de Barismo, ela reivindica que o café é como o vinho, uma bebida cheia de complexidade, mas que não recebe a devida atenção. "Por mais que a gente produza aqui, o vinho é uma cultura importada, chique. O café, infelizmente, é banal. Está na nossa mesa há séculos."
É contra essa banalização do café na rotina do brasileiro que Isabela faz campanha desde que enveredou pela área, há dez anos. Não que seja "café-chata", pelo contrário. "Eu não acho um crime adoçar café. Cada paladar tem seu limiar de doçura e a pessoa deve ter prazer com a bebida. Mas um bom café não faz com que você sinta vontade de adoçá-lo."
Barista Isabela Raposeiras, do Coffee Lab; sua cafeteria, no bairro de Pinheiros, completou um ano na última semana
- Patrícia Araújo/Folhapress
No Coffee Lab, que completou um ano na última semana, ela treina um pouco mais a retórica com seus clientes, que podem se servir de cafés especiais com diferentes tipos de grão (bourbon amarelo, bourbon vermelho) e diferentes extrações (expresso, aeropress).
Lá, eles descobrem que uma boa bebida carrega notas de acidez, mas deve dispensar o amargor. "O problema é que o brasileiro descreve tudo que é desagradável como ácido, até mesmo o amargor, e adoça o café antes de prová-lo." Para não haver confusão, seus baristas passaram a se referir ao ácido como "azedinho".
Por meio da Academia de Barismo, criada em 2004, a especialista realiza cursos, cria "blends" e presta consultoria. Há dois anos, topou criar um cardápio de receitas com café para a NiceCup, na Vila Mariana. Um dos pratos é um sanduíche croque monsieur cujo creme bechamel leva uma dose de expresso.
Comida, na verdade, foi o que fez Isabela se render ao café. Apesar de filha de uma consumidora contumaz da bebida e neta de um produtor de grãos, esse era um assunto lateral, limitado ao despertar do dia. Enquanto isso, gostava de experimentar ingredientes na cozinha.
Nascida no Rio, havia morado em Porto Alegre e Brasília, tinha sido bailarina e atriz profissional, iniciado a faculdade de psicologia e transferido sua vida para São Paulo quando uma amiga a convidou a abrir uma cafeteria, de cujo cardápio seria responsável, uma década atrás.
Aos 26 anos, veio a epifania. "Descobri que tinha um tal de café especial, numa época em que havia apenas quatro marcas no Brasil." Foi estudar um pouco mais e acabou passando um ano na fazenda Ipanema, em Alfenas (MG). Logo depois, em 2002, um grupo de baristas noruegueses montaram um curso durante o qual selecionariam 12 competidores para o 1º Campeonato Nacional de Baristas. Para sua própria surpresa, foi a vencedora. Naquele mesmo ano foi estudar na Suíça, na Dinamarca e na Noruega.
"Foi assim que começou a minha rotina anual de viajar à Escandinávia, onde o consumo de café é altíssimo", diz. "Um norueguês consome 12 kg de café por ano, enquanto um brasileiro ainda consome 5 kg/ano."
Numa dessas viagens, em 2003, Isabela estudou a torra e aplica seus conhecimentos numa máquina torrefadora importada de altíssima qualidade, que custou R$ 80 mil e por onde passam grãos especiais trazidos de microlotes de fazendas mineiras e paulistas. "A torra pode estragar um café em cinco segundos. O nosso objetivo é manifestar todo o trabalho de qualidade que o produtor fez, cuidando desse grão."
Hoje, a juíza de degustação --certificada internacionalmente pela Specialty Coffee Association of America-- nem pensa mais na psicologia, faculdade finalizada apenas em 2008. "Por 17 anos, acreditei que eu seria psicóloga. Quando peguei o diploma, enfim, pensei: 'Não, meu lance é o café'."
O que faz um bom café
GRÃO: Deve ser moído pouco antes do preparo. Se não, oxida e "morre". Um moedor custa cerca de R$ 80
ÁGUA: Deve ser mineral ou de carvão ativado. A água da torneira tem cloro, que destrói os óleos essenciais
MÉTODOS:
Coado: Como dissolve menos sólidos, é o menos complexo em aromas e sabores. A moagem do grão pode ser fina ou grossa
French press: Infusão que dura cinco minutos e extrai mais detalhes que o coado. O pó deve ser moído mais grosso que o vendido em supermercados
Aeropress: Funciona com pressão manual, o que faz o café ter complexidade de expresso e textura de coado. Pode ser qualquer moagem
Mocha: Como passa pelo pó com pressão, tem características parecidas com a do aeropress, mas deve ter moagem grossa
Expresso: Método mais complexo, deve resultar em crema espessa, "com cor de calda de pudim", que cubra toda a bebida e persista por um minuto

A origem do Barista

BARISTA

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Os baristas são os “experts” no preparo do café - e têm atuação fundamental na divulgação, junto ao consumidor final, dos cafés de qualidade. Além de terem completo conhecimento sobre o preparo da bebida, eles também têm que entender da história do café, do seu cultivo, tipos de grãos e origens. Eles estão para o café assim como ossommeliers estão para o vinho. Com uma diferença: o barista tem a capacidade de criar novas e originais receitas e apresentações tanto de café espresso quanto de cappuccinos e outros drinques e coquetéis à base de espresso. 
Alguns pontos importantes:
Barista 
Barista é uma velha profissão italiana. Se uma relação pudesse ser feita, ele seria o “garçom da cafeteria”. É a pessoa que prepara o café e, como tal, uma pessoa realmente importante na cadeia, completando o ciclo da semente à xícara. Do que adianta cultivarmos o melhor café e torrarmos com perfeição se não garantirmos que ele foi preparasdo com perfeição? O barista qualificado é um artesão e um artista que pode extrair todo o potencial do café. Para se tornar um bom barista, há muitas coisas que devemos saber. A profissão requer determinação, insistência e uma paixão pelo café. Na Itália é normal tomar entre 3 e 6 espressos por dia. Como barista, você está em contato direto com as pessoas que você atende. Você consegue ver suas faces, expressões e perceber a avaliação deles quando serviu-lhes o café perfeito. Isso é gratificante.
Cafeterias 
Desde o século XVI, as cafeterias reúnem pessoas que apreciam um bom café, gostam de escutar música, jogam xadrez ou gamão ou simplesmente gostam de conversar. No século XVII, as cafeterias tornaram-se populares na Europa. Virou um local que reunia filósofos, poetas e artistas que falavam sobre os acontecimentos no mundo, especialmente sobre política. Já em 1739 havia 551 cafeterias em Londres. Na Itália, a primeira máquina de espresso foi inventada no começo do século XX e, no fim do século, o espresso tornou-se parte da vida dos italianos e da cultura do país. Hoje, um cuidado especial é dado ao café em cada passo da produção.
Espresso 
O espresso é considerado um excelente método de preparo, porque produz um gosto cremoso extraordinário. A origem da palavra vem da Itália onde a palavra “espresso” quer dizer rápido e único. O espresso deve ser apreciado logo após o seu preparo. Porém, o seu sabor remanescente dura horas. Mas este método de preparo exige bastante habilidade da pessoa (barista) para alcançar o resultado perfeito. Então temos muito que aprender e praticar bastante. 


A definição de um espresso pode ser: 
Um espresso curto tem 30 ml, usa de 7 a 9 gramas de café, água na temperatura de 88 a 95°C, extraído com uma pressão de 9 bar, sendo o tempo de extração entre 20 e 30 segundos. É caracterizado pelo crema (creme do café) que fica na superfície. Tem uma textura grossa e deve ter uma cor marrom-tigrado. Quando o espresso está sendo extraído, deve fluir densamente do porta-filtro, como mel caindo de uma colher.
Geralmente tem uma torra escura, sendo uma mistura de cafés diferentes, podendo até ter cafés de outros países do mundo. Mas o espresso também pode ser de só um país, de uma região ou até mesmo de uma única fazenda. O importante é que seja equilibrado, tenha corpo e doçura.
Há muitos fatores em jogo. Para alcançar o espresso perfeito, nós temos que saber duas coisas: 1) a água é preguiçosa. Procura o caminho de menos resistência. Isso significa que passará pelo café pelo caminho mais fácil. 2) os aromas e gostos do café são muito frágeis. Eles desaparecem muito depressa. Há fatores sobre os quais não temos controle. O clima, temperatura e umidade estão fora de nosso controle e afetam muito o café. Também não alteramos a temperatura da água e a pressão. Mas há outros fatores que temos de dominar:
Cesta do FiltroMoinho
Dosagem
Distribuição e nivelamento
Compactação
Tempo de extração
Volume do shot (xícara) extraído
Limpeza
Para obter o sabor do grão de café é necessário moê-lo. Moedores especiais são usados, que permitam uma moagem bem fina. O moedor tem câmaras dosadoras (compartimentos) onde o café moído é depositado. 
Porta-filtroDe lá o café é dosado no porta-filtro. Aí o café deve ser distribuído para preencher qualquer buraco para que forme uma camada plana. Após a compactação, a extração é iniciada para que o espresso seja então servido ao cliente preparado.


Texto escrito por Edgard Bressani (Juiz certificado do WBC).